O PASSE NA CASA ESPÍRITA

O Passe na Casa Espírita

Os passes nas Casas Espíritas são, em geral, uma das portas de entrada para novos adeptos da doutrina, que muitas vezes, mesmo já professando uma religião, procuram o Centro Espírita apenas para “tomar um passe”. Observa-se muitas vezes que pessoas de outra religião nem frequentam o momento anterior ao passe, que pode ser a reunião pública ou o atendimento fraterno; só adentram o Centro Espírita na hora marcada para o passe.

Desta forma, entende-se que falta para muitas pessoas o conhecimento sobre o passe, sua importância e frequência, a preparação dos *passistas, do plano espiritual e do local (câmara) onde o passe é aplicado.

O passe é uma transfusão de fluidos do passista para o receptor, ação que também pode ser exercida com fluidos dos Espíritos e da própria natureza ou meio ambiente. Segundo o Espírito André Luiz: “é o equilíbrio ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos; agente capaz de impedir alucinações depressivas, no campo da alma; assepsia no que tange ao Espírito; um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual”.

Para o passista, o passe é, acima de tudo, sublime oportunidade de trabalho em que o cooperador dedicado muito pode fazer na extensão do bem com Jesus (do livro Passes, de Rogério Coelho). A aplicação de passes é bastante frequente em enfermos e obsidiados, mas não exclusiva. A prática do passe, por imposição das mãos, vem da época que o Mestre Jesus esteve entre nós, havendo várias citações no Evangelho, entre elas: “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios (Mateus, cap.X, v.8).

O passista é apenas um instrumento, não podendo assim manifestar vaidade ou ostentação. Quem se dispõe a cooperar na tarefa do passe recebe da Espiritualidade recursos que sempre superam a própria doação, sendo assim, o passista, o maior beneficiado.

Para pessoas que estejam doentes, o passe é importante revitalizador energético. Entretanto, deve-se evitar o hábito de tomar passes, pois um medicamento constantemente utilizado deixa de fazer efeito. Assim, o passe deve ser utilizado com critério e senso de responsabilidade. Quando exercido sob a vibração da prece, com vistas ao bem legítimo, o passe pode ser utilizado por qualquer pessoa, espírita ou não, que tenha fé. A incredulidade é uma barreira à atuação dos Espíritos ao nosso favor (da obra citada).

Os passistas devem respeitar uma rigorosa disciplina, naturalmente imposta àqueles que desejam ser instrumentos de alívio da Espiritualidade Superior, como: higiene corporal; alimentação equilibrada e bom senso na escolha dos alimentos; não ingerir álcool e outras substâncias tóxicas, como fumo; estar em equilíbrio mental, psíquico e orgânico; manter rigorosa conduta sexual; abster-se de jogos de azar.

Todos aqueles que assumirem tarefa tão sublime na casa espírita, devem também lembrar-se que tal compromisso fora também assumido com a Espiritualidade e, portanto, devem manter atitude responsável no dia e horário assumidos, pois os amigos espirituais estarão esperando por ele para tal tarefa.

A maioria dos centros espíritas possui uma sala reservada à aplicação de passes – a câmara de passes. Os fluidos presentes nesses locais são constantemente higienizados pela Espiritualidade, como se fossem “salas hospitalares”. Assim, é ideal a postura respeitosa de passistas e receptores neste ambiente.

Após a aplicação do passe, também é muito comum nos centros espíritas oferecer aos que receberam o passe “pequenos copos com água”. A água oferecida nesses copos está magnetizada pelos Espíritos Superiores presentes. Segundo o Espírito Emmanuel, “a água é um dos corpos mais simples e receptivos da Terra”. Possui recursos absorventes e ao mesmo tempo detergentes, bastando-lhe dar tempo para agir. Uma fruta colocada na geladeira impregna com seu sabor a água ali existente. Em vista dessa grande capacidade absorvente, a água pode ser magnetizada, transformando-se em portadora de energias e de recursos medicamentosos, tanto físicos como psíquicos. É largamente utilizada no meio espírita e o passista deve encarar a utilização da água magnetizada como um complemento do passe.

A água pode ser magnetizada no Centro Espírita, em nossa residência, em qualquer lugar, mediante a prece, pois é uma tarefa executada pelos Benfeitores Espirituais. Sendo um remédio, não devemos abusar de sua utilização e a água magnetizada para uma pessoa, só por ela deve ser tomada, pois não terá nenhum efeito sobre outro organismo.

Reflitamos! 
* Modificado para o termo Fluidoterapeuta
Fonte:C.E. Seareiros de Jesus